Meu eu translúcido

Um suspiro, um céu, um lírio,

chega! Grita o menino, em silêncio,

pura e simples, consciência,

desavença, ausência, latência,

renascença atrás de renascença...

Às vezes isso aqui parece pessimismo,

reencontro minha essência, aqui estou mais uma vez,

leve, risonho, comigo,

sigo avante e ligo o foda-se pro barulho do vazio crítico falante,

às vezes até pra eu mesmo.

Parece loucura, loucamente são diria a voz do sossego,

desapego, afeto, cego do medo,

não por, dele, o esqueço,

a Musa de Pressfield conheço.

Vomito versos de meu emprego,

expressar-me do jeito que devo,

que sou, eu mesmo.