Quatro Reis

Pairavam sobre o mundo

vislumbrando o fim de tarde

onde convertem tesouro em lixo

descartam vidas sem alarde

De onde estão são realezas

de um reinado ofuscado

não se enxerga com clareza

que seu ouro é o fardo amargo

Sua mecânica é aplicada

à perecer sob destroços celestes

sobrevoa a carcaça

quarada de sol e peste

Sob o sol

manejam o dia

rasgando o céu em tom fúnebre

desfaz a carne dos que restam

pelejando o corte do gume

E pousam ao final do dia

é no que se está fadado

não crocita pois sabia

que da morte, é o preto escravo

Senhor Simplório
Enviado por Senhor Simplório em 04/12/2016
Código do texto: T5843525
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