Da vida o Tempo é o dono,


Da vida o Tempo é o dono,
Gira os ponteiros, eterno,
Faz do coração um trono
Pras dores grande governo.

Em sua dança leva o sono
Torna calor em inverno...
Da vida o Tempo é o dono.

Vestindo leve quimono
Sempre parece moderno.
Faz do coração um trono.

Com amor de um grande mono
Nunca olha só o externo
Da vida o Tempo é o dono

De repente um abandono
Se é de saia, se é de terno,
Faz do coração um trono.

Cada passo tem seu tono
anotado num caderno
Da vida o Tempo é o dono.

Na primavera ou no outono.
Tem olhar sempre paterno
Faz do coração um trono.

Tem traje ultramoderno,
Um olhar sempre materno,
Da vida o Tempo é o dono.

No frescor de cada outono,
Não chora passado inverno,
Faz do coração um trono.

Não se curva com abandono
Sofrimento é sempre interno
Da vida o Tempo é o dono.

Não se sente qual colono
Num jardim ultramoderno.
Faz do coração um trono.







 
MVA
Enviado por MVA em 07/12/2016
Reeditado em 07/12/2016
Código do texto: T5845990
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