Cera que sangra

Foi minha tolice. Achava que tudo seria eterno pela grandeza dos acontecimentos. E foi.

Foi eterno, afinal, se a tudo ainda lembro, quais explicações?

Renegava o que previa, de modo bem amedrontado e furtivo. Adivinhava. E prestes a decapitar minha própria vida, deitei. Adormeci dentro do sentir que não sabia bem explicar. Senti. Achei. Constatei. Reneguei. Adivinhei. Decapitei. Dormi.

Dormi sem conseguir explicações. E acordado, reiterei que apenas fui eu, o de coração de cera a sangrar perante o fogo!

Daniel Cezário
Enviado por Daniel Cezário em 09/01/2017
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