SILÊNCIO EM POESIA - Reginova Godaninsky-Ministra da Esperança

Silenciei minha voz, silenciei minha canção.

Tão calada a minh’alma, tão calada a emoção.

Fiz silêncio na noite, fechando minha poesia.

Tão calado meu verso, perdi minha romaria.

Silenciei minha palavra, anoiteceu fraca e muda.

Calou-se diante da estrela, que ao negro céu aveluda.

Silenciei o meu verso diante dessa certeza.

Que a atitude é o reverso de quem não tem mais firmeza.

Silenciei a escrita frente a tanta hipocrisia.

Jogando fora a pena que já não me alivia.

Conservando o que escrevo gravado a pedra e cinzel.

Rasguei as folhas avulsas queimando todo o papel.

Silenciei o poema quando perdi toda rima.

Somente valendo a pena quando copio de Cima.

Silenciei a poesia, sigo cantando essa dor.

Acordando em extasia para cantar novo amor.

Corte de Gorobixaba e Reginova Godaninsky - Ministra da Esperança
Enviado por Corte de Gorobixaba em 06/03/2017
Código do texto: T5932418
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