Eu Que Sei De Mim
Eu não sei onde se esconde o início da mágoa.
Bem que já tentei desfiá-la e assim seguir seu fio,
mas emaranhei-me em tantos nós...enquanto eu estava sozinha.
E nesses dias de outono, sinto-me desfolhando lentamente, como se camadas de pele fossem levadas pelo vento, em brisas que ninguém adivinha.
E do que sei de mim, sinto acabar nesses momentos,
pois quando quis ser presenteada pelo esquecimento,
no sono de uma tarde fria de outono,
a dor me prendeu em seus dedos,
deixando o intervalo entre os sonhos e a vida em abandono.
E o que peço é somente o direito de estar comigo,
em dias que não engravidem
e que sejam de breve intervalos as horas que separam
o resto dos dias de outro domingo.