E quando?

Quando a alma clama,

O coração transcende o físico.

E quando as batidas são sentidas,

E o respirar é ouvido?

E quando o ouvir não é o bastante,

E as palavras começam a saltar?

Nesse momento, a melodia da vida passa a ser ouvida.

E quando as lágrimas querem chorar,

Sem motivo ou razão?

Apenas rolar.

A melodia nos leva a dançar sob uma explosão de sentimentos.

E quando o fechar dos olhos nos faz querer ouvir mais?

Ouvir palavras doces,

Ouvir o amor, a saudade, a vontade...

E nos desperta uma vontade doida de falar.

Falar da dor, da cor, do sabor.

Descrever a beleza, a riqueza e a tristeza,

De forma tão intensa que nos faça materializá-las.

É quando o poeta, piegas como é,

Busca ouvir, gritar, sentir.

É nesse momento que o poeta clama por amor, amor e mais amor.

É quando o poeta almeja, busca, implora...

Suplica o sentimento, o romantismo, a música, a arte, o sorriso, a surpresa.

Até o momento em que a alma se acalme,

E o coração volte a caber dentro do peito.

Por quanto tempo?

Até que sua alma volte a falar através do olhar:

Alimente-me!