Permanências
De letras derramadas
Há tempos nos dedos
A inspiração parece
Ao sol, ressecada!
E não fosse, a mim,
O tempo transcorrido
Espelho da alma,
A tinta seca não teria
No fundo do coração
O significado profundo
De viver tão intenso
De existência feliz
De poeta que ao mundo diz
Palavras como pinturas!
E assim, mesmo ao sol,
Ressecadas aparentes
As palavras latentes
Não seriam tão firmes
Memórias permanentes!