Luizza
Não era apenas um sorriso, era um sorriso vestido de alegria,
Como seus vestidos floridos, que ora o vento bate, ora bate o vento.
Era como se o vento trouxesse perfume, sorriso, doçura e sedução.
Ficava sempre a perguntar o que estava por trás daquele sorriso.
Será que era mesmo tão sincero? Será que não escondia nada?
Uma lágrima? Um desalento? Um contentamento? Quem sabe?
Só sei que ela se fazia perceber quando vinha, tudo ali era dela,
O momento, o lugar, até mesmo eu se brincar...
Mas às vezes ela estava tão longe...
Sim! Ela ficava longe sim! Bem longe!
Era como pássaros que migram no inverno ...
Buscava algo que falta em seus devaneios loucos.
De repente ela voltava não sei de onde!
Hummm! Voltava consigo o sorriso, aquele sorriso!
Parecia que nunca viajara para dentro de si e o sorriso sempre estava lá.
O meu olhar ficava fixo nela, imóvel,
Daqueles quando a gente toma um susto
Ou quando o olhar apenas contempla e não consegue falar.
Na verdade, que palavra eu usaria para descrevê-la?
Quantas vogais, quantos sons, quantas sílabas?
Quantas palavras morrem quando se falam?
Por conseguinte, já bastava seu nome que mal conseguia falar,
Já não importava se “E” tem som de “I” ou se “Y” tem som de “A”,
O importante é que Luizza rima com o verbo amar.