Fácil ser-se-me, decifre-me, palavras soltas, nos pensamentos que voam

A escravidão me prende aos alicerces do abomismo

transcendendo o crescimento do interesse

sou retroativo as massas que me insultam

desgaste de serotonina e endorfinas me fazem patético sofredor, sem misericórdia

sem causa e justa lágrima apagada pelo vento da maré dos oceanos azuis dos olhos de Deus

como a vela que se apaga antes da prece terminar.

o bebê chorão cresceu angustiado e aprendeu mais que o alfabeto, que poderia fazer com todas as letras suas dores serem ditas letra por letra. seu riso se prendeu a mim como coceira de uma praga maldita

tento pegar leve, mas as unhas fazem a carne sangrar

sou perdoado todos os dias por respirar novamente, renascendo das atuais dores como se fossem primeiras vezes sentidas

não faço parte da maldade que faz o mundo girar

sua conversa me atrai com clareza no silêncio quando te escuto, vozes fantasmas, estão na minha cabeça comendo minha intelectualidade e me mostrando o paraíso em palavras

tanta solidão já virou clichê. o sabor do cheiro névoante sobre as luzes acompanhando seus passos no inverno até sua cama fria como suas espinhas

correr contra o tempo que se foda,

dores que se fodam

o tempo nos levará para as nuvens cedo demais e as horas continuarão passando

como se não houvesse existido passado, presente, tão pouco futuro, nas memórias dos desatentos você será esquecido mas rápido que 1 dia

talvez quando nevar em meu quarto eu seja lembrado e as lágrimas congelarao as flores que pintei em seu olhar

Wel Soares
Enviado por Wel Soares em 05/07/2017
Reeditado em 03/09/2021
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