Nas vertentes de mim...
Refaço-me constantemente,
Renasço para o amanhã...
A espera do desconhecido,
Vivo os dias como se fosse o último,
Quem pode prever o tempo?
A existência é convicção do agora...
Nada mais do que isso.
No oculto impreciso,
Ouço passos e gemidos pelo caminho,
Não sei de onde vem,
Porém, certifico-me sua procedência...
Talvez durem muitas décadas para chegar,
Lágrimas sequem no caminho,
Como folhas secas ao vento...
Sorrisos eternizam no tempo
Através de lembranças nunca esquecidas...
Muitos... Era uma vez...
Constroem a história que nunca cessa.
Sempre haverá despedidas e recomeços...
A saudade é a lápide da ausência,
Porém, sobrevive no tempo,
O que jamais será esquecido...
Na vicissitude das escolhas,
Uma possibilidade de alcançar,
Na incerteza do amanhã,
Colho todas as flores que puder pelo caminho,
Descanso minha sensatez,
Nas vertentes de mim...
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