O dilúvio

Que a vida surpreende, já sabemos...

Mas as vezes a Vida tende a deixar-nos trilhar caminhos obscuros...

E na noite... em algum lugar escondido... em alguma esquina...

Logo ali, onde não se procurou... onde não se atentou... onde apenas surgiu... me lembrou até uma frase de algum pensador "sou onde não penso"...

A vida arrebata minhas ideias, minha consciência é tomada de arroubos;

sentimentos sorrateiros urgem na pele e na razão do sentimento, apenas um vazio;

Mergulhado na intensa e voraz vontade de ir além dos muros da moral me pego a pensar...

Não há mais domínio sobre o poder das palavras ditas; o que será de uma dose ou duas de vinho senão minha condenação;

Não de um ato, mas daquilo que não é dito, mas vive n'alma...!

O dilúvio chega e no ardor do sentir, me apego na leveza e pureza que transcendo ao corpo;

Me regozijo no mundo imaginário das palavras e nelas ganho o conforto, seja amor, seja prazer, seja fascínio, seja um louco e desvairado desejo...

Para os que me lerem e questiona o porquê "..."...

Deixo uma questão no ar: o sentir tem fim?

Cristiano Caires
Enviado por Cristiano Caires em 05/11/2017
Reeditado em 05/11/2017
Código do texto: T6163305
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