Bebida, Bebida e Poesia
Me joguem no barril de gasolina e depois ascendam um fosforo
Deixem as câmeras posicionas antes
Façam um discurso sarcástico como se eu não tivesse coragem
E quando eu permanecer
Teram tempo suficiente para ver as faces horrorizadas
E inverterei o prazer
Serei eu que gozarei do meu próprio sofrimento
Enquanto me olham fazendo
O óbvio
Pois
Prometi fazer
Desse jeito
Sujo
Doentio
Me olhe de fora da casa
Encontre um livro velho
Que escrevi para te fazer retroceder
Nunca mais procure por mim
Pois no dia seguinte não lembrarei nem mesmo do meu nome
Morte
Esquecimento
Desgosto
Crise
E mais da morte
Daquilo que me persegue
Me joga no chão frio
Esmaga minha têmpora
Enquanto me diz que preciso viver
Para o nada que oferece o nada
Para o preceito do conceito errado
A receita da sobrevivência
Foi forjada por um mestre ignorante
Que morreu cedo
E nem mesmo sabe sobre o petróleo
Mas humilha quem tenta discordar
Do seu ponto de vista
Pois o espontâneo humilha o mecânico
Na questão de ser bom
mas ninguém é bom
suficientemente
entende?
- G.