Tempo. Corre. Tempo

O tempo corre

Escorre pelas mãos

Meus cabelos brancos

São sinais do tempo

Sinais gritantes

Momentos marcantes

Inundam minha mente

O passado ecoa no presente

E no futuro também

Sorrio com desdém

Ao lembrar dos meus tempos de jovem

Era ingênuo

E um gênio

Em armar confusões

Me perco em reflexões

Devia ter feito isso

Ter feito aquilo

Corrigido alguns defeitos

Ter alguns grandes feitos

Ter feito mais

Devia ter amado mais

Em meio a tantas memórias

Aqui jaz

Um ingênuo rapaz

Na memória de um velho senhor

Que se vai já sem demora

E que não vê a hora de descansar em paz

Enquanto a não muito tempo atrás

Um jovem rapaz

Corre contra o tempo

Ainda é ingênuo

E tem medo de não ser capaz

Mas no fim de seu tempo

Quando sua hora chegar

Ele saberá

Em um instante

Que fez o bastante

E que foi importante

Para muitos de nós.