O Saber Comum
O que traz-me o saber?
Não mero saber de algo
No status, o poder
Qual a contragosto galgo
Será ao menos palatável
Pois a toga mal me veste
Fiz, por parecer viável
Bebemos, abastamo-nos, no chão confetes...
Oco envolocro sem alma!
Não sou de lugar algum
Não são minhas suas palmas
Me couberam o comum
E agora o que sou?
Quem hoje me abre a mente?
Quem fui jaz! No pó findou...
Hoje a forma é reticente
Não cativa em solo ideia
Em tamanho? Colossal!
Mente que jamais regressa
Ao tamanho original
No outrora rigidez
Envolto em mecanicismo
Tudo tinha sua lei
Meu valor? Positivismo!
Em cadeia és reação
Tens nas trevas próprio sol
Átomos em colisão
Mente, cais, porto e farol
Quando pleno não crescias
Quando pleno foi limite
No senso ha um saber
O pleno nada transmite
Não que o escasso tenha paz
Reescreve o que escrito...
No adverso é sagaz
Está sempre em conflito
Perspicácia meus amigos!
Aceitar aos papéis cabem
Só aumentam a libido
Dos muitos que nada sabem...
Samuka Souza