Sua arte.
Entre linhas borradas ela escrevia coisas incomuns, bobagens sem importância, palavras soltas, preenchendo parágrafos sem qualquer contexto.
Era seu modo de fulga, daquilo tudo que lhe enchia o dia de nuvens escuras.
Não se permitia ser lida, gostava de ter esse mistério pra si.
As vezes achava que alguém poderia ler. Outras vezes só escondia ainda mais.
Era engraçado como a fragilidade de suas linhas poderiam se assusta com a presença de um leitor.
Ela como escritora das palavras do seu coração, não permitiria que um leitor sem admiração fosse invadindo as suas páginas, ou melhor seu coração.
Por hora ela se divertia com seu papel, nele não tinha medo de sonhar.
E quem sabe a vida não lhe apresentar um pintor, afinal nem sempre um leitor sabe sonhar.