No cansaço do silêncio
No cansaço do silêncio
Ouvi-me ecoar numa ausência
Perante gracejos serenos
Tão estroinas como eu.
Apoderei-me dos sons suaves
Que passavam ao de leve
Ao entranharem-se nas folhagens
Que acordavam poéticas da noite...
E esqueci as maleitas
Penetrando-me no poder
Das névoas
Ao esquecer as dores do mundo
Porque quis ser a melhor das coisas
No anonimato das multidões
Que me mutilaram
Ao descerem-me à terra
Como mais um.
E vi guerras!
Desleixadas como mulheres cruas,
Quando na força dos silêncios
Me perdi possuído pela paz…
Da vontade;
Deixando-me… Abandonando-me cruel
À beleza da mudez,
Numa eterna prostração de significados...
Para ser na paz a força dos silêncios...