Um monstro e sem cérebro

Sou um monstro que muitos

Tem a mania de amar

Quem me conheceu, me odeia

E tem medo que eu abra a boca

Engulo o sapo dos meus amigos

Se eu falasse algo

Faria que eles perdessem a visão

De tão arregalado que ficariam seus olhos

Tenho um lado tão negro

Que não dá pra ser racista

Um lado tão obscuro

Que não se entende quando tem sol

Posso fazer qualquer um chorar

Posso desmontar os argumentos

Posso provocar a raiva

E desmantelar os pensamentos

Seus conceitos sobre mim

São tão verdadeiros

Que me chama de deus

Suas mentiras são tão boas

Que as põe como colunas

Para idolatrar o próprio ego

E sacanear sua vitrine

Tens ilusões tão boas

Que tende a ver a realidade

E propagar a História

A partir delas

Todas as tuas colunas são fracas

Teus argumentos são medíocres

Acreditaria se eu dissesse?

Não, porque não tens cérebro

Os conceitos científicos nascem de ti

Tu que és a verdade absoluta

Se não te agrada crítica e põe fim

Pois não pensas assim

Petrus Sanctae
Enviado por Petrus Sanctae em 31/05/2018
Código do texto: T6351647
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