Fenestra!
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Fenestra!
Como assim ?
Em jeito de
frestão vidrado
ogival...
Porque não ?
Ou talvez só
janela
fenestral
moldura
longa e esguia
que não porta
nem passagem
só fresta
fenestra
o rendez vous
de lugares e tempos
o cintilar pungente
da galáxia
como da paixão
e o reflexo
do fogo brando
de um lareira.
a miragem funesta
a quimera
a acontecer dentro
como aluamento
virtual da noite
mas, muito mais,
tanto !
...ou só eu
e uma ventana
de memórias
e o dual da alma
pelo olhar:
um alguém formal
obvio e imediato
a ser masculino
um alguém reflexo
intimo e profundo
a ser feminino
zonas mescladas
adentro ao caixilho
um mesmo espaço
de instantes
e gradações entre
transparencias
e espelhamentos.
Marginal ao olhar
uma penumbra
ainda e sempre
na fenestra
o ocaso da vida
a turvar-se
para um sentir
opaco ...algures.
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_________LuMe
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