Fenestra!

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Fenestra!

Como assim ?

Em jeito de

frestão vidrado

ogival...

Porque não ?

Ou talvez só

janela

fenestral

moldura

longa e esguia

que não porta

nem passagem

só fresta

fenestra

o rendez vous

de lugares e tempos

o cintilar pungente

da galáxia

como da paixão

e o reflexo

do fogo brando

de um lareira.

a miragem funesta

a quimera

a acontecer dentro

como aluamento

virtual da noite

mas, muito mais,

tanto !

...ou só eu

e uma ventana

de memórias

e o dual da alma

pelo olhar:

um alguém formal

obvio e imediato

a ser masculino

um alguém reflexo

intimo e profundo

a ser feminino

zonas mescladas

adentro ao caixilho

um mesmo espaço

de instantes

e gradações entre

transparencias

e espelhamentos.

Marginal ao olhar

uma penumbra

ainda e sempre

na fenestra

o ocaso da vida

a turvar-se

para um sentir

opaco ...algures.

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_________LuMe

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Luis Melo
Enviado por Luis Melo em 03/06/2018
Código do texto: T6354692
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