Sem Maldades

De simplório em simplório

Encheu-se o purgatório

De gente sem malícia.

O céu virou um inferno

Pois não tinha mais caderno

Onde os nomes anotar.

Do inferno caiu o véu

E o falatório se espalhou:

O inferno virou céu.

Tudo agora é igual

Quem fez bem e quem fez mal

Vai para o Congresso Nacional.

Covil de demônios e anjos

Não há lugar para arcanjos

Nem que se faça um “arranjo”.

(Publicado na antologia “XI Komedi”, da editora Komedi, São Paulo, 2007 e na antologia “O Amor na Literatura”, da Casa do Novo Autor Editora, São Paulo, 2006)

Valdeck Almeida de Jesus
Enviado por Valdeck Almeida de Jesus em 04/09/2007
Código do texto: T638457
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.