Á deriva

Um pequeno barco, a remo, em um lago do qual eu não consigo ver a margem.

É como eu me imagino enquanto tento explicar as minhas sensações ávidas que surgem

Imagino um lago, com medo de ser mar, mas às vezes é oceano.

Fico com medo de estar sentindo em exagero, de ser apenas um engano.

Estou sempre remando, procurando um farol, alguma rota segura

E aqui de longe, ansioso pela terra firme, que nunca figura

Tudo o que eu posso fazer é remar e acreditar que vai estar lá

Sem saber se ,quando eu chegar, vou encontrar

Tem dias que estou com pressa e remo, remo, remo sem parar

Mas tem dias que não dá vontade de remar

Fico à deriva