Perdoe-me

memórias do passado

sacudiram-me a mente inquietas lembranças nessa manhã,

e ainda assim, assustado,

segui com a rotina, a vida e o café

a luz matinal é comprida e implacável

por frestas e janelas

invade a casa o corpo e a alma

por horas

olhares e lágrimas

refletidos em xícaras, espelhos

e relógio

eu não sei discernir o que me acontece

é como remorsos do que não ocorreu

carregando o peso de uma vida inteira de culpas injustificáveis...

eu realmente não sei descrever o que sinto

sendo assim então peço que me perdoe

quando eu submergir em sombras

e não fizer mais sentido algum

perdoe-me

quando eu já lhe for causa perdida

mesmo que pareça imperdoável

perdoe-me

o pavor e a dor da vida

nos faz agir como feraz

insensíveis, embriagados de vinho, perdidos.

por favor acredite nada lhe fiz por mal

fiz por medo

veja é um novo ano é uma outra estação e tudo são flores

e estou sozinho outra vez

mas, não me dê atenção

talvez eu esteje louco

perdoe-me

talvez eu esteje tonto.

Tomb
Enviado por Tomb em 04/09/2018
Reeditado em 09/09/2018
Código do texto: T6438832
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2018. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.