Alquimia

E eis que, numa vil profusão

-Onde um mais um são quatro-

Divididos ao meio, sem metades

Inteiros, em geométrica confusão

Reconstroem - se mutilados

E se furtam das maldades

E limitam-se, em arquejos

Num limiar de sonhos, desejados

Erosão, às ruínas, de peles frias

Aquecidas, em ebulição caldalosa

Órgão que pesa, aos desejos

Vidas que suam, em poros, vadias

Ardem aos ecos corpos singrados

Evaporam vidas, onde goza a morte

Verves ruborizam, nesses lampejos

Pulsam artérias, infiéis à sorte

E a dor vaporiza... lá do coração.

(Quando a ciência e a matemática repercutem, na linguagem, a geografia de um sentimento)

Luzia Avellar
Enviado por Luzia Avellar em 02/10/2018
Reeditado em 02/10/2018
Código do texto: T6465409
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