Alquimia
E eis que, numa vil profusão
-Onde um mais um são quatro-
Divididos ao meio, sem metades
Inteiros, em geométrica confusão
Reconstroem - se mutilados
E se furtam das maldades
E limitam-se, em arquejos
Num limiar de sonhos, desejados
Erosão, às ruínas, de peles frias
Aquecidas, em ebulição caldalosa
Órgão que pesa, aos desejos
Vidas que suam, em poros, vadias
Ardem aos ecos corpos singrados
Evaporam vidas, onde goza a morte
Verves ruborizam, nesses lampejos
Pulsam artérias, infiéis à sorte
E a dor vaporiza... lá do coração.
(Quando a ciência e a matemática repercutem, na linguagem, a geografia de um sentimento)