Escultura Viva

A arquitetura do meu ser,

teia de renda esculpida à mão,

sem concreto, madeira ou pedra sabão,

corre nas veias a seiva vermelha, meu ser,

vida, cadência, pura emoção.

Tomo de assalto a consciência,

nascida da terra, do fogo, da água e do ar,

esotérica essência, elementos telúricos,

assim eu sou, pura fusão.

Na arquitetura do meu ser,

ao revelar-me mulher,

recrio metaforicamente em mim,

o poder dos quatro elementos,

lúdica essência, sábia coerência.