Divisor de águas.
Quando todos os caminhos me levam a partir...
Quando tudo o que eu sinto é que não vivo mais aqui...
Não é nada pessoal. Na verdade, não é nada.
Acontece que eu não baixo minha cabeça.
Não me sinto intimidado, aconteça o que aconteça...
Grandes (pr)egos, coronéis e outros carrascos
Observam meu queixo no eixo.
Erguido e emoldurado: Louco pra sumir do mapa!
Escrever uma nova história!
Louco pela nova etapa. Alimentado a novas glórias...
Eu paro, me sento, reflito. Penso no porvir
E chego a conclusão de que eu não devo mais àqui.
E quando todos os caminhos me despertam a partir
Eu vou. E voo.
Vou morar em Porto Alegre...
Vou porque o meu sangue ferve.
Não é nada pessoal.
Na verdade, ao opressor, idiota colossal,
Que não pode me apagar, por mais que tente
Deixo o fogo de presente. E ele é tudo o que construí...
Com o passar das primaveras tu verás o que eu ergui...