Doer também é arte
Escrevo para aliviar os olhos cansados
As mãos tristes
O pensamento decepcionado.
Escrevo para aliviar as tormentas de um coração que chora
De umas amarguras por aí afora
E que nem mesmo queria escrever.
As vezes falar faz doer
Mas que satisfação faz valer
A dor que nos faz escrever.
Encerro meus versos incertos
Com uma tristeza eufórica lá no teto
Me olhando como se de mim tivesse pena
E esse lamento ao certo
Me faz de mim tão menina
E tão mulher profética
Eis a liberdade dos meus versos
Eis ao vento minhas verdades
Não esqueças que tua arte faz doer em mim metades...
E parte de mim se vai por ti inteira.