O TEMPO NOS TEM
Eterna ilusão de te ter dominado
moinho sem ventos retesados
sem ponteiros de relógio
são tuas visíveis marcas na nossa pele
no firmamento nada se percebe
às abóbadas te circundam constantes
moendo impiedosas em teus dentes
tal engrenagens magnéticas
os sonhos de riqueza prazer e dor
o sabor de um futuro melhor
para os seres por ti em teu labor
sem descanso triturados
Embevecidos em seu afano
de te aproveitar em seus planos
enlouquecidos se atropelam
em suas tendas
os negócios
as vendas
o namoro
as contendas
de pronto o enterro
num triz, num ultimo sopro
cortas seus sonhos de comando
fácil os transformas em pó
em esquecidos empilhados ausentes!
Fazendo da suas vidas curtas lendas.
Edgar Alejandro