TEORIA DA MORTE DE DEUS
E disse o homem:
A humanidade nasceu por si só,
é obra do acaso.
A matéria inerte e não-inteligente ganhou vida e inteligência,
desenvolveu-se até chegar ao mais
primordial de tudo o que existe no mundo: o “homem”.
E este ainda caminha por um crescente aprimoramento.
rumo à “perfeição”!
Ah, espere um instante! Houve uma primeira guerra mundial.
A destruição em massa do semelhante provocou um congelamento
no processo de desenvolvimento e então começam a
corroer e fragilizar os alicerces da perfeição.
Mas porque preocupar-se, diriam alguns!
Foi apenas um lapso de irracionalidade, levantemos nossas cabeças e
sigamos em frente, nós temos
tecnologia e conhecimentos o suficiente que mostram
o potencial humano à independência.
Deus? Quem precisa d’Ele?
É somente uma idéia criada para servir escape
da realidade e para explicar o inexplicável.
Deus é o ópio do povo. Ele é entorpecente, destruindo o “nosso poder”.
Oh meu Deus! Uma segunda guerra mundial,
e agora onde vamos esconder a nossa mediocridade?
Cai então por terra toda a superioridade da razão.
Um único homem se fundamenta numa das
maiores mentiras que a humanidade criou para si mesmo:
“Só os mais fortes e mais aptos sobrevivem”.
A chamada Raça Ariana através de seu pérfido líder
foi capaz de condenar à morte milhões de inocentes “menos aptos”.
Mas quantos destes líderes já surgiram e estão atuando
em nossos dias? Lógico que atualmente se apresenta de uma maneira
muito bem escamoteada, quase imperceptível.
Qualquer semelhança não será mera coincidência.
O homem é hoje o que ele decidiu ser desde o princípio:
Um rebelde.
Não precisa de Deus,
Faz a si mesmo um deus.
Pobre tolo! Vive na ilusão e tenta enganar a si mesmo.
Mas lá no fundo de seu ser sabe na sua fuga,
por mais que ele domine e manipule os elementos do universo,
não pode acrescentar um dia sequer à sua vida, muito menos
saber o momento exato de sua morte.
Pilatos disse a Jesus:
Eu tenho poder para te mandar à morte e para
restabelecer-lhe à vida, o que você tem a me dizer?
E Jesus respondeu:
Nenhum poder você teria se do céu
não lhe fosse dado.
Somos como uma flor do campo, num dia está viva e encantadora
e no outro está seca e morta.
Deus nos sustenta na palma de sua mão, nele
está o dias do nosso nascimento e o dia de nossa morte,
quer creiamos nele ou não!