Nesse lugar soturno (Pensamentos...)

Todas as noites eu passo por onde estávamos a observar a neblina...

Um véu denso as vezes quer ensurdecer esse momento, carregando o velho costume de escrever em páginas contrárias, expresso essa possível falta de empatia mundana,

Essa surdez para pensamentos unos... Mais que nunca um frasco de cianeto esquecido sou pelo organismo sem turno.

Um jardim montado por rosas estranhas plantadas sobre hematitas opacas.

Elas florescem em um espaço abismal que parece sempre crescer e tornar-se escuro como uma fossa abissal...

Como um tropeço no espaço sideral, sem estrelas ou outros astros...

Sem oxigênio ou algo estático, um corpo que flutua em direção ao nada emblemático.

O vazio eterno desconhecido e cada vez mais profundo em sua rigidez...

A melancolia tornou-se um adorno e o vazio uma simples bijuteria usada no pescoço de uma aristocrata.

Torno-me um ser intruso quando tua chama toca-me a face?

Júlia Trevas
Enviado por Júlia Trevas em 09/03/2019
Código do texto: T6593772
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