Galáxias existenciais
Senti saudade,
Uma saudade repentina e espalhada no fundo do meu coração,
Como um quarto bagunçado
Que eu não limpava há tempos.
Tudo estará bem,
Enquanto eu ainda estiver de pé,
A vida narrará minhas caminhadas,
A minha vida será contada,
Como lendas de viajantes,
Guardando memórias nos cantos,
Contemplando o sol no rosto
E o desgosto da vida ser uma viagem sem volta.
A vida é como uma flecha cravada no coração de um desenganado,
Eu transpareço, reluzente por essas terras,
Terras sem leis,
Campos urbanos,
Onde a felicidade joga com a esperança
De um futuro soterrado
Em pensamentos abstratos.
Eu diria muito mais,
Pregaria o sentido da minha vida,
Mas, sou uma sombra preguiçosa,
Minha luta pelas coisas novas,
Sobreviverá enquanto eu não cair,
Ou perder o sentido,
O sentido da minha dúvida existencial
Que caça todas as galáxias de meus sonhos,
Sonhos que nem sei,
Sou o que serei,
Exatamente no momento,
Que meu antigo eu deixar de ter sido.