Sombra e luz
Não! Tu não és sombra de ti mesmo
Muito menos sombreia outra pessoa.
Tu és astro que não anda a esmo
Cuja luz própria dos outros destoa.
Saia, então, dessa posição fetal
E, ao mundo, dê o indescritível prazer
De notar em ti o brilho universal
Da divina centelha que há em cada ser.
É necessário que te creias forte
Para, iluminando-te, a outros iluminar
E guiares em direção a correto norte
Aqueles que a ti vierem procurar.
Porém, os que não quiserem seguir
Deixa-os na própria e fria escuridão
Isso é o amor próprio que deves sentir
Para não caíres nas trevas da depressão.
Cícero – 23-06-19