Sinhô nenhum

Sempre esquecido diante do prestigio

Sempre lembrado quando cai o prato

No escanteio da avenida

Para ninguém ver

No escanteio da avenida

Para quando precisarem ver

A rapina segue atenta

Com as garras logo á cima

Explica teu sorriso

Agradeça tuas lágrimas

Tua pele pra sermos tropicais

Tua pele para carpir o quintal

Para sempre assim

Na cidade grande

Ou na de interior

Na beira da praia

Ou do outro lado do mar

Onde ancoramos nossos sonhos

Nenhum sinhô há de chegar

Nenhum sinhô navegará

A onda bate em quem avança

O vento que derruba quem se levanta

A chuva que faz lama

Onde o mal se planta

Adriane Neves
Enviado por Adriane Neves em 22/07/2019
Reeditado em 08/08/2019
Código do texto: T6701934
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