Loucuras Cristalinas: Vinho, Neve e Cristais

Até vertigens uma taça arranca, de seu peso quase inalterado

De veneno tão bem colocado, vem meus lábios provocar

De tons neutros, pálidos, descolorados

Bem, loucura é o seu prato principal

Onde o tormento é tilintar das taças dos amantes embriagados

Pelo cristal líquido as gargantas enfeitar

Em minha pele tua faca me corta, lâmina que cai do céu

Um prazer quase tortuoso

Um deleite quase afetuoso

Transbordando como o cobrir da terra em véu

E os risos sobre a terra branca são contradições do seu ardor

De um manto de veludo que comanda o frio temor

Sermos soterrados pelos cristais do inverno

Uns adornam os pescoços, até parece que isso lhes cai bem

Enquanto outros, só de contemplar

Já sentem o andar do trem

Que percorre por entre o profundo da índole dos seus intentos mentais

E borbulham dentro de si mesmos, o peito, o estomago

E fogem por entre os poros dos seus corpos

Com o simples desejo de enfeitar todo o corpo

Até mesmo em seus dentes lustrosos ou seus dedos sebosos

Verem um cristal brilhar

Maicon Lopes
Enviado por Maicon Lopes em 02/08/2019
Reeditado em 02/08/2019
Código do texto: T6711085
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