Loucuras Cristalinas: Vinho, Neve e Cristais
Até vertigens uma taça arranca, de seu peso quase inalterado
De veneno tão bem colocado, vem meus lábios provocar
De tons neutros, pálidos, descolorados
Bem, loucura é o seu prato principal
Onde o tormento é tilintar das taças dos amantes embriagados
Pelo cristal líquido as gargantas enfeitar
Em minha pele tua faca me corta, lâmina que cai do céu
Um prazer quase tortuoso
Um deleite quase afetuoso
Transbordando como o cobrir da terra em véu
E os risos sobre a terra branca são contradições do seu ardor
De um manto de veludo que comanda o frio temor
Sermos soterrados pelos cristais do inverno
Uns adornam os pescoços, até parece que isso lhes cai bem
Enquanto outros, só de contemplar
Já sentem o andar do trem
Que percorre por entre o profundo da índole dos seus intentos mentais
E borbulham dentro de si mesmos, o peito, o estomago
E fogem por entre os poros dos seus corpos
Com o simples desejo de enfeitar todo o corpo
Até mesmo em seus dentes lustrosos ou seus dedos sebosos
Verem um cristal brilhar