Segredinho
Pensas, poeta,
Que não sei...
Que não sei Que escreves,
Não por ter vontade,
Mas porque tem, sobre ti,
Vontade própria o escrever?
Aliás, poeta amigo,
Pensas que não sei
Quem nem mesmo existes
E o que de fato existe,
Amigo meu, é, na verdade
O estro é seu fantoche?
Sei, poeta triste...
Sei, pois como tu,
Não passo de outro fantoche
- ainda mais triste, talvez!
Mas não te desesperes,
Poeta chato como eu,
Não te desesperes que
Não contarei a mais ninguém.
Esse será o nosso segredinho.
(Claudiomar) 17/10/2007