Segredinho

Pensas, poeta,

Que não sei...

Que não sei Que escreves,

Não por ter vontade,

Mas porque tem, sobre ti,

Vontade própria o escrever?

Aliás, poeta amigo,

Pensas que não sei

Quem nem mesmo existes

E o que de fato existe,

Amigo meu, é, na verdade

O estro é seu fantoche?

Sei, poeta triste...

Sei, pois como tu,

Não passo de outro fantoche

- ainda mais triste, talvez!

Mas não te desesperes,

Poeta chato como eu,

Não te desesperes que

Não contarei a mais ninguém.

Esse será o nosso segredinho.

(Claudiomar) 17/10/2007

Claudiomar
Enviado por Claudiomar em 09/10/2019
Código do texto: T6765079
Classificação de conteúdo: seguro