O resto.

O resto

O resto virou história

É já é uma grande coisa haver merecido isto

Pois que o resto na verdade era a escória

Do que ademais, se houvera sido pelos bons previsto

O resto catinga a mofo, azedo, é o podre apodrecido!

É só nos serve para nos lembrar

Da desgraça que poderia ter acontecido.

É assim é o resto, sem nada mais

Nada que lhe atenua o destino merecido

O resto é aquilo que se atira aos cães e ratos pelados

Como pelados ficavam quem lhes defendia

E como dos restos amam e sobrevivem

Os restos lhe servem com galhardia!

O resto é de cor vermelha de sangue

E lembra o sangue inocente causado pela covardia

É da cor da vergonha extrema

Que um dia, vermelhecia!