Ruídos do entardecer
A bola, o cachorro, os barulhos do carro
A criança que brinca com o carro
O adulto que brinca com o carro e morre
As histórias das mentes dão medo
Tuas vozes são altas e a pele é fina
As paredes são vastas e ainda o
Som passa, atravessa o papel
Meus gritos me esmagam e sofrem em mim
As tardes não passam,
Nebulosas se arrastam
Levando meu peito em mim.
E a discordia das plantas e o vento
Que bate e leva, que bate nelas, se batem
O céu brilhando nevoento, o Sol me olhando
E sempre tentando me fazer derreter
Fecho meus olhos nas ruas e tento esquecer
Das pessoas maduras que vão me ensinar
Dos meus passos quebrados
E das flores já murchas, prestes a se partirem
Fecho meus olhos e vejo o que quero
Eu sinto o que quero e o que quero esquecer
Eu me lembro