Ruídos do entardecer

A bola, o cachorro, os barulhos do carro

A criança que brinca com o carro

O adulto que brinca com o carro e morre

As histórias das mentes dão medo

Tuas vozes são altas e a pele é fina

As paredes são vastas e ainda o

Som passa, atravessa o papel

Meus gritos me esmagam e sofrem em mim

As tardes não passam,

Nebulosas se arrastam

Levando meu peito em mim.

E a discordia das plantas e o vento

Que bate e leva, que bate nelas, se batem

O céu brilhando nevoento, o Sol me olhando

E sempre tentando me fazer derreter

Fecho meus olhos nas ruas e tento esquecer

Das pessoas maduras que vão me ensinar

Dos meus passos quebrados

E das flores já murchas, prestes a se partirem

Fecho meus olhos e vejo o que quero

Eu sinto o que quero e o que quero esquecer

Eu me lembro

Josué Alves
Enviado por Josué Alves em 08/11/2019
Código do texto: T6790447
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2019. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.