Tempo
Vejo o passado fugir pelas vielas
Tinta que escorre pelas aquarelas
Desaparecem junto realidades paralelas
Fecham-se portas, trancam-se janelas.
O futuro está aqui e ao mesmo tempo tão distante
Ainda é um ínfimo grão de areia sonhando ser diamante
Guarda todos os sonhos em si e não é o bastante
Um passo à frente por favor senhor cavaleiro errante.
O presente inexiste, ao tomar consciência já é passado
Rápido demais para o julgamento de certo ou errado
Num piscar de olhos já está decidido e perpetuado
Talvez faça sentido dizer que nosso destino já vem selado.