CAMINHO DO EU DIABO QUE COMPÔS TELA

Fui de novo eu quando desci de mim,

porque lá de cima residia o Eu sobreposto.

Um eu em degrau de escada velha de cabelo,

que se sustentavam por fios de pregos sedosos.

Fui de novo eu quando saltei de mim,

porque entendia oportuno ser Farol de Itapuã.

Iluminava sem o bumbum e o suor do da Barra.

(um carnavalesco por estirpe, não por ensejo).

Fui de novo eu quando me vomitei de mim,

porque aqui dentro jazia o Eu gasificado.

Convivia ensopado de meus ácidos de dragão

e seus refluxos de fogo, com azia do espírito.

Fui de novo eu quando me desliguei de mim,

porque aqui esse Eu me refletia por todo canto,

como pisca-pisca chinês de árvore de Natal

regendo sinfônia de hebréias bolas de cristal.

Fui de novo eu quando vim ao mundo de mim,

porque já se passaram nove, ímpares ventres,

desde o dia em que me fecundei nisto aqui

pra gerar o Eu diferente de todos que vivi.

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