reverberações dentro é como água, isso não é arte
Os ecos brandam fortes no meu crânio
entre as orelhas, atrás dos olhos, lá
rebentam, é a onda que impacta a falésia
flagelam gradualmente
eles me dizem coisas impronunciáveis
aquilo que não deve ser nomeado
olho no espelho e não vejo nada
remoer, é atravessar um rio circinado sem fundo
fazem-me entrar numa circulo,
quebram nossos ossos numa dor infinita de existir
os grilhões do pensamento
um cutelo violento.