Pueril
Creio em interrogações sem porquês
sem a língua envolta do querer
e desta, uma espera infantil
Beijo às claras e sobre o vento virá
Às escuras, sem mesmo enxergar:
- O beijo, os toques estremecidos
Todas as exclamações de um clamar
E, sem mesmo saber
A alma chora abatida
Entre sorrisos calados
Dentre o desejo esquecido
Fora o beijo num nada
O vazio que existiu
Apenas um desejo pueril
O toque às interrogações
E assim surgiu, inúmeras faces desconhecidas
Expressões de rostos e olhos sem guias
E e o mesmo foi, um querer ao tornar-se tristeza
Que ainda assim, anseia pela beleza sem fim
Desejará o beijo carmim
O amor por exclamações
Há de e se, amar sem porquês
Assim o fará
Sorriso tornar-se-á
Tão somente desejo esquecido.