Medo do raso
Às vezes, nas noites frias
Viajando pelos meus pensamentos
Questionando as minhas escolhas
Revendo atitudes passadas
Chego à conclusão e me questiono mais uma vez
Por que sou tão dura comigo mesma?
Às vezes, nas manhãs silenciosas
Enquanto bebo meu café quente
Sonhando acordada imaginando um futuro
Onde ele é bom, onde sou feliz e independente
Mas o sonho sempre acaba em tragédia, e continuo me questionando
Por que sempre sou tão dura comigo mesma?
Às vezes, nas madrugadas escuras
Penso e penso que só há uma alternativa de vida para mim
Que não mereço prestígio e que não sou digna de tal coisa
Mas, também penso no quanto é injusto me imaginar assim e mais uma vez me questiono
Por que não consigo imaginar uma vida melhor para mim sem tragédia?