De escanteio
Surgiu
Apareceu e explorou
Ficou
Ficou e gostou
Gostou e confiou
Confiou na vida
No clima
Dos dias
Que dias...
De todos os dias
Como estadia
Estrada, ainda que doida
Percorrida afinco
Agindo desde o início
Assumindo destaque
Levantando contrastes
E seguindo ante a margem
Vive uma arte
Vive numa vibe
Que corre fora do desastre
Mas deixa falhas...
Deixa correr as palhas
Se espalha como pastas
Que caem da estante
E nesse instante invade
Rapidamente consome
As mesas e móveis de mármore
E transforma o fino tecido
Em pano de enxágue
Para limpar todo o enxarque
Que causa
Sem causa
Sem pausa
Para como todo testemunho
Fica na história
Amostra à todo mundo
Para fazer um pouco de barulho
Porém, todo barulho
Alcança limite e cai
Vem com força e vai...
Vai de cima para baixo
Vai em cima e em baixo
Vai e consome a boca
E deixa com gosto de centeio
Enche o canteiro
Do parque inteiro
E avisa que quer brincar
Mas depois só quer
Deixar para escanteio...