NADA A SE JUSTIFICAR

Sobre o corte das navalhas

Nada a se justificar...

Mas um repentino jogo

Numa incoerente chama

Queimando palha no fogo

Arde sem nenhum rancor...

Não tem presas, não tem dentes

Não tem sonhos nem amor

Não tem garras de leão

Nem são nossos descendentes...

Porém seu veneno espalha

Com nome e sobrenome

Se arrasta que nem serpente

Como um belo poema de amor...

Não é flor, não é semente

Não tem cara nem calor

Se alastrou por entre a gente

Só pra nos causar a dor...

Não tem olhos, não tem dentes

Nem tem garras de leão

Não é grão nem é semente

Mas vivem sobre esse chão...

Sobre o corte das navalhas

... Nada a se justificar!

Autor: Valter Pio dos Santos

22/Jul/2020

Valtin Kbça Dipoeta
Enviado por Valtin Kbça Dipoeta em 22/07/2020
Reeditado em 25/07/2020
Código do texto: T7013600
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