DEUS EXISTE! E A DESGRAÇA TAMBÉM!
Deus não existe! Exclama o ateu!
Negação frouxa diante da premissa de que não podemos negar o que é inexistente.
Só podemos negar algo a partir de sua própria existência.
Logo, todos os argumentos de negação a Deus se diluem sob esta perspectiva.
O ateu louco precisa de muita fé para manter-se inabalável
em sua postura dogmática.
Assim para a alegria do ”mundo” podemos afirmar em altos brados:
Deus existe!!!
Mas,... e daí?
Poupe um pouco seu fôlego.
O mundo encontra-se num caos, onde as guerras ora são visíveis
ora invisíveis, destruindo vidas sem que ninguém perceba ou se importe.
Por isso a alegria é atenuada, somente apresentar uma
resposta teológica barata ao mundo, não é suficiente
diante de acontecimentos como:
câncer, a aids, a morte, as catástrofes naturais, a fome, a falta de humanidade,
a falta de misericórdia e amor das pessoas.
Também não podemos culpar Deus por todas estas mazelas, vivemos sob
o domínio de leis naturais, como a da “ação e reação”, tudo o que fazemos
ou deixamos de fazer volta para nós ou para os que estão em derredor.
E muitos desses atos têm conseqüências são destrutivas.
Nós somos o nosso maior inimigo.
Portanto a existência de Deus para ter e para dar sentido ao mundo
deve em primeira instância atingir o coração dos seres humanos.
Não anulando a razão, mas elevando-a
ao status a qual ela foi concebida.
O crer em Deus não implica em anular-se a si mesmo,
mas resulta em estar consciente da própria existência, seu significado e propósito
para com o mundo entorno, não sendo assim uma colossal “obra do acaso”.
Crer em Deus não significa também em anular todas as nossas dúvidas, ao contrário,
se não houver dúvidas, jamais se desenvolverá a fé, pois estes são caminhos paralelos.
Crer em Deus é perceber que nem todos os nossos questionamentos serão respondidos.
A vida nos reserva mistérios e as nossas limitações nos impedem de assimilá-los.
Portanto, uma simples resposta teológica da presença de Deus no mundo é vazia,
se esta não estiver acompanhada dos desertos, dos abismos, das montanhas
que cercam a vida diária do ser humano.
De nada adianta abstrair, se esta abstração não partir de algo concreto.
Só podemos falar do frescor de uma brisa,
se pudermos sentí-la tocando em nossa face.