Meditabundo
Quando tudo parecia diferente
Eu era mais uma
Quando tudo parecia maior
Eu era apenas uma criatura
Quando tudo crescia
Eu continuava a mesma
Tantas mudanças, tantas transformações
Que fazem do meu mundo ainda o mesmo
Ou um tanto menor, quem sabe?
Minhas idéias mudam conforme o relógio
Meus conceitos permanecem junto ao passado
E mesmo assim me pergunto “quem eu sou?”
Seria eu uma intelectual?
Ou quem sabe mais uma normal?
Prefiro acreditar que sou um jogo de palavras
Com pontos, virgulas, interrogações e exclamações
E por que não aquela personagem das histórias que você tanto lê?
Das milhares de alternativas prefiro a incógnita
E a beleza da incerteza do que sou.