Tênue cognição

Desenredar minha fraqueza

É adotar o máximo de

Uma divergência aplicada

Em linhas de destreza.

Despertando em melancolia,

Lúgubre aos riscos desenhados

Em traços desnaturados

Do transitório dia.

Fui eu pego desprevenido

Entre as ocorrências

Emaranhando incertezas

E estimulando revelação em até

A última das evidências.

Tingindo, aqui, em perdição

De obter nenhuma capacidade

Senão vislumbrar

Meu espírito cessar

Em patética conformidade.

Vida que perdura em

Ininteligível cognição,

Assinala contratos

Complacentes à

Mais ineficaz transposição.

Tênue cognição

Desvanecendo meus vestígios

Das supérfluas elegias

Tecidas entre os meses

De efêmeras estadias.

Desabando enfim

O amontoado de

Negligenciadas confissões

Sobre o âmago de

Irremediáveis confusões.

Permaneço inerte,

Consequente das

Nuances pinceladas

Em absoluta paixão

E resultante solidão.

Sobram então

Pedaços e fragmentos

Dilacerados do

Molde exuberante

De invulgar perfeição.

Perdemos a habilidade

De conhecer os limites

Das nossas ingenuidades

Estudadas em insuficiência

Por débil ciência.

Desistimos de encontrar

Métodos para solucionar

Sequer uma das questões

Dispersas na impotência

De nossas tolices

E eternas hesitações.

Incoerente cognição

Estonteando equilíbrio,

Titubeando caminhar,

Extinguindo solução

À urgente iminência

E aflição peculiar.

Mantendo constância

De ir num infinito além

De propósitos perversos

Que durarão muito mais

Que a leitura perpétua

Destes funestos versos.

Daniel Yukon
Enviado por Daniel Yukon em 29/08/2020
Código do texto: T7049090
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