Nostalgia
Correi, triste rio de lágrimas
Longo, saudoso e solúvel
Findar de Suspiros vitais
D’uma vida que não vivi
Estreito e passageiro
Deleitando-se nas curvas
Nuas vivências viris
Sangrando encômios vindouros
Deleitar-se em mares viris
Tempestuosos e indomáveis
EM troca de calmaria e estabilidade
Mesmo numa vida que nunca vivi
Querer desvair
Dedos, mãos, cidades e vidas
Na asa branca alçar voo
Sem ao menos saber conseguir.
Eis, pois, o findar do onírico
Viagem plausível
Profundo banzo de pensar
Na própria vida a se esvaziar
Pensa em ti sem mim
Um fio tecido na dor
A sangue frio a labutar
O devaneio tornar real
Léguas distante do encômio
Quero a ti suspirar meu pranto
Deixar de lado meu banza
E novamente sonhar.
R. Silva