Vasos e sonho

Orvalho são gotas de sonho

Suadas na sede do lírio

Sedentas no líquor manhã

Saciada no teu corpo deleite

Teu bem, me quer

Tanto quanto te quero bem

Enfeitas meu desolado jardim

Daninhas, ai de mim sem tuas mãos jardineira

No canto como um vaso vazio

Sem ti sinto frio em pleno calor

Arfo minha visão miragem

Penso ser coragem estar só para não sentir dor

Coração de arrancadas raízes

Decepado rebento

Retoma minha vida cigana

Arranja-me, sou teu ikebana

Planto-me à tua espera

Primaverou botão sequioso

Sorveu pétala teus raios

Hoje renasço

leandro Soriano
Enviado por leandro Soriano em 24/10/2007
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