UM CANTO A PROSA
Tenho medo da noite morta,
Assim, a loucura que bate a porta.
Os delírios nos caminhos errantes,
Já não sou, o que um dia fui antes, e repito as mágoas pra fixar e sintetizar o que sinto.
Pressinto, uma dolorida lembrança Traiçoeira,
Que levanta a dor em forma de poeria, que seguia escondida em minha memória. Mas agora, vislumbro o meu céu de primavera, pra esquecer a desgraça de vida que era, quando os maldizeres não sonhavam ser poesia.
Como maresia, as ideias agora surgem inesgotávelmente, transformando-se em prosas tortas em minha boca, como chuva louca são lançadas entrelinhas: sentimentos e sentenças.
Só não pensas que a noite morta deixou de ser temida, pelo contrário, eu temo a vida, e acima de tudo, temo um coração sem amor...