UM CANTO A PROSA

Tenho medo da noite morta,

Assim, a loucura que bate a porta.

Os delírios nos caminhos errantes,

Já não sou, o que um dia fui antes, e repito as mágoas pra fixar e sintetizar o que sinto.

Pressinto, uma dolorida lembrança Traiçoeira,

Que levanta a dor em forma de poeria, que seguia escondida em minha memória. Mas agora, vislumbro o meu céu de primavera, pra esquecer a desgraça de vida que era, quando os maldizeres não sonhavam ser poesia.

Como maresia, as ideias agora surgem inesgotávelmente, transformando-se em prosas tortas em minha boca, como chuva louca são lançadas entrelinhas: sentimentos e sentenças.

Só não pensas que a noite morta deixou de ser temida, pelo contrário, eu temo a vida, e acima de tudo, temo um coração sem amor...

Ari Poeta
Enviado por Ari Poeta em 02/10/2020
Reeditado em 23/04/2021
Código do texto: T7077451
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