GRAVATAS DOS ESCROTOS

Dentro da minha cabeça

um mundo na imaginação

um ser, uma consciência

um ente bem mais relevante

que a carne e o osso

Porém do lado de fora

um curinga sem baralho

se atenta para o fosso

sem tomar nenhum atalho

pode se afogar no poço

Ante a dor da consequência

quão um orbe decomposto

entre fogos e artifícios

numa era que o devora

meio ao rombo dessa história

Sob os olhos desatentos

num tempo das contradições

não há arte nem ciência

somente passos ao vento

com os pés fora do chão

Com o mundo girando ao léu

padecem seus pensamentos

falta água e sobra esgoto

e as gravatas dos escrotos

se enforcam no pescoço!

Autor: Valter Pio dos Santos

06/Out/2020

Valtin Kbça Dipoeta
Enviado por Valtin Kbça Dipoeta em 06/10/2020
Reeditado em 06/06/2023
Código do texto: T7080928
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